quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A HISTÓRIA DO DINHEIRO

É difícil imaginar um mundo sem dinheiro. Ele existe em todos os países e tem uma história tão antiga quanto os primeiros registros escritos da humanidade. Mas, afinal, o que vem a ser o dinheiro? Ele pode ser muitas coisas: para a maioria das pessoas, são moedas, cédulas, cartões de crédito e fundos na conta bancária. Para muita gente de um passado não tão distante, porém, tratava-se de plumas, pedras, contas e conchas, pois esses eram os objetos considerados de valor. O que caracteriza alguma coisa como dinheiro é o fato de que ela constitui um meio de pagamento reconhecido e aceito por determinada comunidade.

Dinheiro primitivo

Não se sabe exatamente quando começou o uso do dinheiro. Os mais antigos registros escritos sobre ele, da Mesopotâmia, datam de 4.500 anos atrás. Inscrições mesopotâmicas cuneiformes falam de pagamentos feitos com prata medida a peso. Dede aquela época, metais medidos a peso foram usados como dinheiro em muitas partes do mundo, levando à invenção das moedas.

As primeiras moedas

As moedas metálicas surgiram por volta de 2000 a.C., mas, como não existia um padrão e nem eram certificadas, era necessário pesá-las antes das transações e verificar a sua autenticidade. Só por volta do século VII a.C. é que se procedeu à cunhagem das moedas. Foi a partir do dracma de Atenas que se difundiu por todo o mundo a moeda metálica.

A moeda como fonte histórica

A numismática faz uso de diversas áreas do conhecimento para estudar as moedas, buscando identificá-las e situá-las no tempo histórico. Porém na atualidade a moeda se tornou, também, um documento histórico, sendo utilizada como “fonte” de dados para pesquisas, pois uma moeda pode facilmente fornecer dados sobre o povo que a cunhou, como sua forma de governo, língua, religião, forma como comercializavam, situação da economia, e até mesmo grau de sofisticação dos povos – através da análise do método de cunhagem – e por isso a numismática tem um papel cada vez maior no estudo da história dos povos.

Sobre a numismática

Numismática é a ciência que tem por objetivo o estudo das moedas. Desde o Império romano a aristocracia cultivou o interesse de colecionar moedas sem, no entanto, estudá-las. O costume romano compartilhado por imperadores, como Augusto, foi mantido por reis europeus durante a Idade média. A coleção de reis como Luís XIV da França e Maximiliano do Sacro Império possibilitariam o surgimento da numismática durante o Renascimento, graças à vontade dos humanistas em recuperar a cultura greco-romana, e a iniciativa de organizar as coleções reais. Assim a numismática surgiu durante o renascimento e se consolidou como ciência nos séculos seguintes.

Assim temos nomes como o abade Joseph Eckhel que trabalhou na coleção imperial de Viena, capital da Áustria. Temos o colecionador francês Joseph Pellerin, que contribuiu para a coleção real francesa, e temos também um dos nomes mais famosos, Francesco Petrarca, poeta que desenvolveu a numismática na Itália.

O objetivo de Petrarca era conhecer a história de cada povo. Petrarca demonstrou também como a numismática pode se tornar uma paixão contagiosa. Em 1390, coube a ele, indiretamente, a cunhagem de moedas comemorativas pela libertação da cidade de Pádua, pelo visconde Francisco II de Carrara.

Seja pela cultura, pela observância de técnicas ou simplesmente pelo desafio de colecionar, a relação entre cultura e numismática sempre é presente. Mesmo aqueles que colecionam moedas ou cédulas como um simples hobbie, sem se dedicar à pesquisa, adquirem uma boa bagagem de cultura geral.

É veículo de mensagens, arte e, até mesmo, magias e superstições.

A Grande Muralha da China

A partir do mandato de Qin Shiuang (primeiro imperador chinês), por volta de 221 a.C., começa a ser erguida um dos maiores monumentos da história da humanidade, a Grande Muralha da China. Com a função de proteger o Império Chinês de ataques de povos do norte do território (ver mapa na figura a seguir). São poucas as informações sobre a época de dominação da dinastia Chin, mas provavelmente a construção aproveitou restos de construções de governos anteriores e era constituída de grandes blocos de pedra ligados por argamassa feita de barro e pasta de farinha de arroz com cal hidratada e acredita-se que milhares de operários. Com a morte de Shiuang, em 210 a.C., os trabalhos na Muralha foram paralisados por agitações políticas, nessa época ela já tinha 3000 Km, que só veio a se estabilizar no decorrer dos séculos.


Durante a Dinastia Ming (século XV), as obras chegaram ao seu esplendor sendo que a Muralha chegou a ter 7000 Km, mas não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, e a obra veio a ser abandonada.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Se um hipotético habitante da Lua resolve-se fazer turismo aqui na Terra, provavelmente começaria a visita pela China. Afinal, fica nesse país a única construção humana que, segundo os pesquisadores, pode ser vista da Lua a olho nu. É a Grande Muralha da China, que atravessa as montanhas chinesas e se estende do Deserto de Gobi, a noroeste, até as elevações próximas do Mar Amarelo, a nordeste.

FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS

Além dos muros de defesa, a Grande Muralha compreende elementos como torres e fortes e além da função defensiva, ela era usada também como via de transporte entre os chineses.

ldados chineses observarem os inimigos que se aproximavam. As sentinelas que estavam posicionados em uma torre usavam bandeiras, sinais de fumaça e fogos para avisar os demais soldados. As torres atingiam até 12 metros de altura. Na base havia aposentos para os soldados, estábulos e depósitos de provisões.

As fortalezas eram uma espécie de base para o exército chinês, cada fortaleza dispunha de uma torre.

Os muros chegavam a quase 8 metros de altura, com uma largura de quase 7 metros na base e 6 metros no topo.

SITUAÇÃO ATUAL DA MURALHA
A Grande Muralha manteve-se em pé durante séculos de incursões estranjeiras no território chinês. Hoje, no entanto, ela está ameaçada pelo descaso das autoridades e pelas obras da civilização moderna.

No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping priorizou a Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos que, entretanto, foi questionada. A requalificação do monumento para o turismo sem normas para o seu adequado usufruto, aliado à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, conduzindo ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), gerou várias críticas por parte de preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.
Hoje em dia, a Grande Muralha é uma das 7 maravilhas do mundo.

BIBLIOGRAFIA

*http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Muralha_da_China

*http://pt.wikipedia.org/wiki/Qin_Shihuang

*BARELLA, José Eduardo. Veja, 8 jan. 2003

*APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: história. São Paulo: Moderna, 2004. (6º ano)

*http://comunidade.sol.pt/blogs/omeumundo/default.aspx

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ENEM 2010

Estamos chegando perto da prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 11/2010, e aqui estão algumas videoaulas de História Geral que vão ajudar:

PRé-HISTóRIA


IDADE ANTIGA

EGITO:


MESOPOTâMIA:


Fenícios, Persas e Hebreus


O MUNDO GREGO:



O MUNDO ROMANO:


IDADE MÉDIA

ALTA IDADE MÉDIA:



BAIXA IDADE MÉDIA:


IDADE MODERNA

RENASCIMENTO CULTURAL, ARTÍSTICO, ... E REFORMAS RELIGIOSAS:



ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO:


EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA:


SISTEMA COLONIAL:


REVOLUÇÕES BURGUESAS:


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:


IDADE CONTEMPORÂNEA

EUA (DA INDEPENDÊNCIA À FORMAÇÃO DO ATUAL "IMPÉRIO")


A HISPANOAMÉRICA NOS SÉCULOS XIX E XX:


UNIFICAÇÕES TARDIAS (ALEMANHA E ITÁLIA), PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL E REVOLUÇÃO RUSSA:


"ENTREGUERRAS":


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:


NEOCOLONIALISMO E DESCOLONIZAÇÃO:


SÉCULOS XX E XXI:

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ciência e Tecnologia no Século XVII (1ª Parte) - Id. Moderna

- ASTRONOMIA:

Na astronomia, o matemático e astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) se destacou, em 1609, com as demonstrações: de que as órbitas dos planetas em torno do céu não eram circulares, e sim elípticas ("O planeta em órbita em torno do Sol descreve uma elipse em que o Sol ocupa um dos focos" - 1ª lei de Kepler); que as velocidades dos planetas variam de acordo com a distância do Sol ("A linha que liga o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais" - 2ª lei de Kepler) e que a distância do sol interfere no tempo de translação ("Os quadrados dos períodos de revolução dos planetas são proporcionais aos cubos dos eixos maiores de suas órbitas", algebricamente falando k=T²/D³ - 3ª lei de Kepler). O Astrônomo foi influenciado principalmente por Nicolau Copérnico (Heliocentrismo) e Ptolomeu e é importante notar que Kepler defendia a astrologia como cosmologia, como explicação do modo como se processam as relações entre astros e acontecimentos terrenos, dentro do âmbito da atuação divina. Vale lembrar que naquela época a astronomia e astrologia não eram distintas, pelo contrário, um astrônomo era necessariamente um astrólogo, e aconselhar reis e imperadores em questões astrológicas fazia parte das atribuições de qualquer astrônomo. O interessante da obra de Kepler é justamente ele ter feito a transição da superstição à ciência. Kepler desenvolveu ainda um trabalho fundamental no campo da óptica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator (o telescópio de Kepler) e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileo Galilei.Suas descobertas forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton. Os principais Livros do Alemão foram: Astronomia Nova, Harmonicies Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico.



Modelo do Sistema solar de Kepler.



- Física

Na física, os principais foram Newton, Boyle, Amonstons e Pascal. Obs.: Não coloco Simon Stevin, pois este, além de ter tido maior importância para matemática, publicou a maioria de suas obras no século XVI (Publicações de Stevin:
La Theinde (O décimo) em 1585;
La pratique d'arithmétique em 1585;
L'arithmétique em 1585;
De Beghinselen der Weegconst em 1586;
De Beghinselen des Waterwichts (Princípios do peso da água) em 1586 no tópico de hidrostáticas;
Vita Politica. (Vida civil) em 1590;
De Sterktenbouwing (A construção de fortificações) publicado em 1594;
De Havenvinding (Procura de posição) publicado em 1599;
De Hemelloop em 1608;
Wiskonstighe Ghedachtenissen
Castrametatio, dat is legermeting and Nieuwe Maniere van Stercktebou door Spilsluysen publicado em 1617;
De Spiegheling der Singconst (Teoria da arte de cantar)).

>Isaac Newton (Londres - Inglaterra, 1642-1726) é um personagem muito importante na história da ciência, principalmente pelas contribuições que deixou para a física e a matemática. Ele foi um filósofo natural, mais ou menos o que hoje chamaríamos de cientista, mas com algumas características próprias de sua época. Além de física, matemática, filosofia e astronomia, estudou também alquimia, astrologia, cabala, magia e teologia, e era um grande conhecedor da Bíblia. Ele e vários outros filósofos naturais do século XVII consideravam que todos esses campos do saber poderiam contribuir para o estudo dos fenômenos naturais. Newton tornou-se muito conhecido por suas realizações (3 Leis de Newton e Lei da Gravitação universal). Suas investigações experimentais, acompanhadas de rigorosa descrição matemática, constituíram-se modelo de uma metodologia de investigação para as ciências nos séculos seguintes. Não havia até o século XIX nenhum personagem tão admirado quanto Newton. Isso é somente um resumo, para ler mais sobre essa personalidade acesse: http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Newton/Newton3.htm.

>Robert Boyle (Lismore - Inglaterra, 1627—1691), juntamente com Edme Mariotte (francês), mostrou que o volume dos gases varia inversamente proporcionais à pressão feita por eles. Algebricamente: P1xV1=P2xV2. Vale lembrar que Edme Mariotte era um padre e Boyle era filósofo, filho do conde de Cork, um dos homens mais ricos e influentes da Grã-Bretanha.



>Em 1699, o francês Amonstons mostrou que o volume do gás aumenta na mesma proporção em que aumenta a sua temperatura.

>Pascal, para esse cientista acesse o link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal, pois é necessário todo um contexto de Hidrostática para falar sobre Ele.

Referências:

*Schmidt, Mario Furley. Nova história crítica: ensino médio: volume único / Mario Furley Schmidt.-1.ed.-São Paulo : Nova Geração, 2005.
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Kepler
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Kepler
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Simon_Stevin
*http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Newton/Newton3.htm
*http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RoberBoy.html
*http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/EdmeMari.htm
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal

terça-feira, 13 de julho de 2010

Era Vargas

Uma marca do populismo brasileiro é concerteza a "Era Vargas" esse vídeo mostra resumidamente mas criticamente como foi o período em que Getúlio Dorneles Vargas governou em seu primeiro mandato, que foi uma verdadeira "ditadura" cheia de golpes e histórias interessantes.






Agora leia a esse texto onde é mostrado o porquê do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) ter sido criado e algumas histórias interessantes como por exemplo a do Walt Disney, que criou o Zé Carioca em homenagem ao Brasil.

Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)

O DIP foi criado por decreto presidencial em dezembro de 1939, com o objetivo de difundir a ideologia do Estado Novo junto às camadas populares. Mas sua origem remontava a um período anterior. Em 1931 foi criado o Departamento Oficial de Publicidade, e em 1934 o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC). Já no Estado Novo, no início de 1938, o DPDC transformou-se no Departamento Nacional de Propaganda (DNP), que finalmente deu lugar ao DIP.
O DIP possuía os setores de divulgação, radiodifusão, teatro, cinema, turismo e imprensa. Cabia-lhe coordenar, orientar e centralizar a propaganda interna e externa, fazer censura ao teatro, cinema e funções esportivas e recreativas, organizar manifestações cívicas, festas patrióticas, exposições, concertos, conferências, e dirigir o programa de radiodifusão oficial do governo. Vários estados possuíam órgãos filiados ao DIP, os chamados "Deips". Essa estrutura altamente centralizada permitia ao governo exercer o controle da informação, assegurando-lhe o domínio da vida cultural do país.
Na imprensa, a uniformização das notícias era garantida pela Agência Nacional. O DIP as distribuía gratuitamente ou como matéria subvencionada, dificultando assim o trabalho das empresas particulares. Contando com uma equipe numerosa e altamente qualificada, a Agência Nacional praticamente monopolizava o noticiário.
Quanto ao rádio, buscou-se difundir seu uso nas escolas e nos estabelecimentos agrícolas e industriais, de modo a promover a cooperação entre a União, os estados, os municípios e particulares. O programa oficial "Hora do Brasil" era transmitido para todo o território nacional. Outra realização do DIP foi o "Cinejornal Brasileiro", série de documentários de curta metragem de exibição obrigatória antes das sessões de cinema. No "Cinejornal" fazia-se a crônica cotidiana da política nacional, recorrendo-se ao forte impacto dos recursos audiovisuais. Alguns filmes eram exportados para países como a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.
Um dos reflexos da guerra no Brasil foi uma campanha de penetração cultural do governo norte-americano destinada a barrar a influência alemã no país. O DIP colaborou nessa campanha, que marcou a presença do Tio Sam no Brasil, apoiando e desenvolvendo projetos conjuntos com a agência norte-americana criada para esse fim. Foi nesse contexto que vieram ao Brasil artistas famosos como o cineasta Orson Welles, Walt Disney e Nelson Rockefeller. Também foi instituída no DIP uma sessão de intercâmbio cultural luso-brasileiro. Um dos frutos desse intercâmbio foi a revista Brasília, publicada pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Coimbra.
O DIP costumava realizar concursos de monografias e reportagens sobre temas nacionais. Foi através de seu setor de divulgação que se editaram várias coleções como a Coleção Brasil, Vultos, datas e realizações e O Brasil na guerra. Para divulgar essas obras foi criada uma rede de bibliotecas em escolas, quartéis, hospitais e sindicatos. A centralização informativa era apresentada como fator de modernidade e justificada pelos princípios de agilidade,eficiência e racionalidade.
Devido à importância de suas funções, o DIP acabou se transformando numa espécie de "superministério". Cabia-lhe exercer a censura às diversões públicas, antes de responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal. Também os serviços de publicidade e propaganda dos ministérios, departamentos e órgãos da administração pública passaram à responsabilidade do DIP.
Entre 1939 e 1942 o DIP esteve sob a direção de Lourival Fontes, que já dirigira o DPDC e o DNP. Seus sucessores foram o major Coelho dos Reis, de agosto de 1942 até julho de 1943, e o capitão Amilcar Dutra de Menezes, que atuou até a extinção do DIP, em maio de 1945.



Texto e fotos retirados de http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/EducacaoCulturaPropaganda/DIP, acessado em 13/07/2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Revolução Russa - A DUMA e os SOVIETES

"Em homenagem a Gustavo Pessoa, um grande historiador":

-Pré-histórico:

Em 1904, o czar Nicolau II envolveu-se em disputas na Ásia (Territórios da Coreia e Manchúria), declarando guerra ao Japão. As grandes baixas levaram a Rússia à uma grande carestia de alimentos e outros "materiais" de subsistência, e a população respondeu à essa carência com um protesto pacífico, que ficou conhecido como "Domingo Sangrento", pois mais de 4000 pessoas morreram assinadas pelos cassacos russos (ver vídeo abaixo) injustamente, afinal o povo só queria dar uma carta ao CZAR e entoavam cânticos religiosos. Mas Nicolau II continuou sendo pressionado e foi forçado a convocar a DUMA, o parlamento russo, pelo famoso "Manifesto de Outubro", na tentativa de incorporar setores sociais que apesar de influentes economicamente, tinham pouca expressão política, como a burguesia e os operários. Essa DUMA foi dissolvida e outra foi convocada em 1907, por causa do medo de que propostas radicais de se expandissem pelo parlamento, assim essa "segunda" DUMA seria votada censitariamente, ou seja, somente burgueses e proprietários de terras poderiam votar.






Em 1898, fora fundado o "Partido Operário Social-Democrata Russo", composto por estudantes, operários e intelectuais entusiasmados pelo Socialismo Científico (Ver matéria no Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_cient%C3%ADfico), tendo como um dos seus principais divulgadores: Plekhanov. Lógico que esse partido era ilegal, afinal a Rússia vivia um verdadeiro "absolutismo" imposto pelo CZAR, e a social-democrata defendia tais propostas radicais que a "DUMA tinha medo" (principalmente o SOCIALISMO). O Partido teve seu primeiro congresso em 1903, ocasião em que se discutiu como o socialismo deveria ser implantado. Um grupo liderado por Martov, defendia uma aliança política com a burguesia, para eliminar a aristocracia agrária do estado, e queria que o POSDR fosse um partido aberto a todos os simpatizantes, sem compromissos, apenas com um apoio consciente. Por causa disto, esse grupo era maioria na DUMA, afinal ficariam sendo controlados por eles (parlamentares), mas não no Partido Operário, onde eram minoria e onde seu nome era mais conhecido como "Mencheviques". A proposta vencedora foi a do grupo maior "Bolcheviques", liderados por Vladimir Ilich Lênin, profundo conhecedor das ideias de Karl Marx e Friedrich Engels e polêmico na socidedade (pra se ter uma ideia ele fora criticado pela esquerda!), propunham: que o partido deveria seguir uma organização sólida, com uma disciplina elevada; criação do CC (Comitê Central), onde este "comandaria" a "máquina de guerra", onde os soldados dessa "máquina" deveriam ser totalmente voltados para a luta contra o czarismo e a favor do socialismo; e que os membros formassem os SOVIETES (conselho de operários e camponeses que passou a ter poder nas deciões nas Assembleias Locais).

OBS.: Apesar de parecer mas os Bolcheviques e Mencheviques defendiam um único ideal: "implantar o socialismo na Rússia".
OBS.2: O grupo dos Bolcheviques foi um dos primeiros, se não o primeiro, a ser chamado de COMUNISTAS.


Stálin, Lênin e Kalinin.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Introdução

Nesse blog, vamos começar a deixar a "HISTÓRIA em Foco", explorando assuntos a nível de 1º, 2º e 3º grau. Sempre tentando postar vídeos para melhorar a qualidade da informação.

Meu nome é Gustavo Henrique, e vou escrever postagens sobre os mais variados assuntos da História Mundial e Brasileira, desde o Paleolítico (Pré-História), até a Idade Conteporânea (atual que nós vivemos).